Blog da professora Neide Amorim
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terça-feira, 22 de outubro de 2013
sábado, 31 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
O EUFEMISMO E O DISFEMISMO
O EUFEMISMO E O DISFEMISMO
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Figuras de Linguagem
O Eufemismo é uma espécie de perífrase, ou seja, é a atenuação, por substituição, de uma palavra ou expressão de sentido rude, desagradável, por outra de sentido agradável ou menos chocante. Por exemplo, o nome do Diabo: Arrenegado, Cão, Coisa-ruim, Tinhoso, etc.
A utilização do verbo descansar atenua o impacto da ideia de "morrer". A morte, na nossa cultura, ê considerada algo desagradável, assustador, daí a grande quantidade de eufemismos criados e utilizados para designar essa ideia - falecer, passar desta para a melhor, ganhar a vida, etc.:
● Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao senhor.
● Era uma estrela divina que ao firmamento voou! (A. de Azevedo)
Outros exemplos:
● Ele faltou com a verdade. (= mentiu)
● [...] trata-se de um usurpador do bem alheio. (= ladrão)
● Vivia de caridade pública. (= esmolas)
● O aluno foi convidado a sair da escola. (= expulso da escola)
● Paulo não foi feliz nos exames. (= foi reprovado)
● Enriqueceu por meios ilícitos. (= roubou)
● Querida, ao pé do leito derradeiro. (= túmulo) (A. de Azevedo)
Como se vê, no eufemismo, existe uma intenção, por parte do falante ou do escritor, de não chocar o seu interlocutor ou leitor.
Expressões populares como: ir para a terra dos pés juntos, comer capim pela raiz, vestir o paletó de madeira; são exemplos de eufemismo. Entretanto o caráter cômico dessas expressões em situações de grande impacto como a morte, subtrai a função do eufemismo tornando-se disfemismo.
O Disfemismo é, simplesmente, o oposto do eufemismo. Enquanto no eufemismo ocorre a substituição de uma palavra ou expressão rude, desagradável, por outra de sentido agradável ou menos chocante, no disfemismo há uma substituição de termos normais por outros mais vulgares, rudes, desagradáveis:
● A esta hora, os mineiros soterrados, já bateram as botas.
● Aí vem a Olívia palito. (Olívia palito = pessoa magra)
● Quem é que vai querer dançar com um pintor de rodapé?
● Depois de muito sofrimento foi para a terra dos pés juntos.
● Ela está, a esta hora, começando a apodrecer, não a perturbemos.
sábado, 17 de março de 2012
sexta-feira, 9 de março de 2012
Para os alunos do 3º ano
Escola Técnica Estadual Juscelino kubitschek
Turmas: 310, 311, 320, 321, 331
Professora: Neide
Tema: 2ª geração do Romantismo
Professora: Neide
Início : sécXVIII na Inglaterra expandindo-se na Alemanha ( onde mais se destacou ), e depois por toda a Europa e o mundo, chegando a monopolizar a literatura universal até meados do sé. XIX.
Características:
1. Liberdade criadora ( o conteúdo é mais importante que a forma, são comuns deslizes gramaticais )
2. Versificação livre:
3. Dúvida, ceticismo, dualismo
4. Tédio constante, morbidez, sofrimento, pessimismo, negativismo, masoquismo, cinismo, auto-destruição;
5. Fuga da realidade para o mundo dos sonhos, da fantasia e da imaginação ( escapismo, evasão)
6. Desilusão adolescente;
7. Idealização do amor e da mulher;
8. Subjetivismo.
9. Egocentrismo
10. Saudosismo (saudade da infância e do passado)
11. Noturnismo, atração pela noite;
12. Consciência de solidão
13. Objetivação da morte; fuga total e definitiva da vida, solução para os sofrimentos;
14. Sarcasmo, ironia.
Pálida à luz da lâmpada sombria, Sobre o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada, Entre as nuvens do amor ela dormia! Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d'alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia! Era mais bela! o seio palpitando Negros olhos as pálpebras abrindo Formas nuas no leito resvalando Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti - as noites eu velei chorando, Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! |
1) Na primeira estrofe do poema, é feita uma descrição que envolve diversos elementos naturais.
a) Quem é a pessoa descrita?
b) Os elementos naturais empregados contribuem para uma caracterização material ou imaterial da pessoa descrita? Por quê?
2) Da primeira para a segunda estrofe do texto, a luz que circunda a pessoa descrita sofre alteração. Que tipo de alteração ocorre? Justifique com palavras ou expressões do texto.
3) Nos dois tercetos do poema, a luz já é vitoriosa e pode –se ver com maior clareza o objeto da descrição.
a) Que relação há entre o movimento do dia e o movimento da pessoa descrita?
b) Que palavras ou expressões do texto demonstram que essa pessoa se mostra de modo mais corporificado e sensual?
4) Nas duas quadras, a virgem é descrita de modo vago e imaterial; nos tercetos, ela é corporificada e sensual.
a) Que sentidos contraditórios expressa o vocativo: “meu anjo lindo”?
b)Que tipo de relação mantém o eu lírico com a mulher amada?
5)Pesquisar sobre Fagundes Varela e Casimiro de Abreu:
Procurar algumas poesias dos autores citados acima e destacar as características ultra- românticas dos mesmos.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Escolha de música com características românticas
Próximo desafio: enviar para o blog a letra de uma música com características românticas apontando as mesmas. Estou elaborando um sarau romântico em aula, mas preciso da ajuda de vocês.
quarta-feira, 7 de março de 2012
Quem responder 3 características deste soneto e disser a que geração do Romantismo pertence, ganha um prêmio.
Lembrança de MorrerQuando em meu peito rebentar-se a fibra, Que o espírito enlaça à dor vivente, Não derramem por mim nenhuma lágrima Em pálpebra demente. E nem desfolhem na matéria impura A flor do vale que adormece ao vento: Não quero que uma nota de alegria Se cale por meu triste passamento. Eu deixo a vida como deixa o tédio Do deserto, o poento caminheiro, ... Como as horas de um longo pesadelo Que se desfaz ao dobre de um sineiro; Como o desterro de minh’alma errante, Onde fogo insensato a consumia: Só levo uma saudade... é desses tempos Que amorosa ilusão embelecia. Só levo uma saudade... é dessas sombras Que eu sentia velar nas noites minhas... De ti, ó minha mãe, pobre coitada, Que por minha tristeza te definhas! De meu pai... de meus únicos amigos, Pouco - bem poucos... e que não zombavam Quando, em noites de febre endoudecido, Minhas pálidas crenças duvidavam. Se uma lágrima as pálpebras me inunda, Se um suspiro nos seios treme ainda, É pela virgem que sonhei... que nunca Aos lábios me encostou a face linda! Só tu à mocidade sonhadora Do pálido poeta deste flores... Se viveu, foi por ti! e de esperança De na vida gozar de teus amores. Beijarei a verdade santa e nua, Verei cristalizar-se o sonho amigo... Ó minha virgem dos errantes sonhos, Filha do céu, eu vou amar contigo! Descansem o meu leito solitário Na floresta dos homens esquecida, À sombra de uma cruz, e escrevam nela: Foi poeta - sonhou - e amou na vida. Sombras do vale, noites da montanha Que minha alma cantou e amava tanto, Protegei o meu corpo abandonado, E no silêncio derramai-lhe canto! Mas quando preludia ave d’aurora E quando à meia-noite o céu repousa, Arvoredos do bosque, abri os ramos... Deixai a lua pratear-me a lousa! |
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